SESA-PR e CRF-PR alertam para os riscos da intoxicação infantil
Fonte: Assessoria de Comunicação CRF-PR
Data de publicação: 25 de outubro de 2022
Em evento online, bióloga da Secretaria Estadual da Saúde (SESA) falou sobre a frequência dos casos, orientando e explicando as principais formas de envenenamento de crianças.
Levantamento da SESA-PR, de 2017 a 2022, aponta que 94% dos casos de intoxicação por medicamentos com crianças ocorrem dentro de casa e cuidados precisam ser redobrados. E para fazer esse alerta, a SESA-PR e o CRF-PR se uniram para falar desse tema em uma live que aconteceu na manhã do dia 18 de outubro, com a bióloga da Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações da Secretaria Estadual da Saúde do Paraná, Juliana Cequinel.
Tendo em vista a magnitude dos números constatados no estado, a Secretaria promove a campanha de “Prevenção do Envenenamento Infantil” no mês de outubro, desde 2017, aproveitando as comemorações do Dia da Criança para fazer o alerta.
Ao longo de sua apresentação, Juliana explicou que, “de todos os casos de intoxicação infantil, 46% são por medicamentos. Com quase 94% desses casos acontecendo em casa, é um sinal de alerta para pais e responsáveis. Significa que as crianças, que são curiosas por natureza, estão tendo acesso facilitado a eles”, apontou.
A automedicação, a superdosagem e o uso de remédios errados também preocupam os especialistas. E o farmacêutico tem um papel fundamental: alertar os pais para não deixar ao alcance das crianças. “Medicamentos só devem ser administrados com recomendação de um profissional habilitado, ainda mais, quando se trata de crianças. Já as dosagens e a utilização de forma errônea, muitas vezes, ocorrem por falta de atenção dos pais mesmo. Um frasco errado ou a simples falta de uma leitura na receita ou na bula”, é preciso estar atento a estas questões, alertou Dra. Juliana.
Produtos de limpeza também estão entre os principais causadores de intoxicação em crianças e pelos mesmos motivos que os medicamentos: acesso fácil e os atrativos das embalagens. “Normalmente, são coloridas, cheirosas. E se estão em um local de fácil alcance, é natural que os pequenos coloquem na boca”, alertou a bióloga. “A orientação é que sejam armazenados em lugares mais altos e, de preferência, em armários trancados”, complementou.
Na live, a palestrante também orientou para que as pessoas não armazenem em casa raticidas ou inseticidas. “São produtos muito tóxicos e que só devem ser armazenados por empresas autorizadas pela vigilância sanitária. E não estou falando apenas dos líquidos. Mas daqueles que são utilizados em tomadas, que podem ser facilmente confundidos com doces ou pastilhas pelas crianças”.
A faixa etária onde se registram mais casos de intoxicação por medicamentos em crianças é por volta dos quatro anos de idade. Segundo Juliana Cequinel, isso ocorre justamente pela curiosidade que essa faixa etária tem. “É a fase da experimentação oral. Ou seja, é quando os pequenos querem levar tudo à boca”.
Orientações podem ser obtidas pelo telefone do Centro de Controle de Envenenamentos: 0800-410148, a qualquer hora do dia ou da noite. O atendimento funciona 24 horas.
A live com a bióloga da Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações da Secretaria Estadual da Saúde, Juliana Cequinel, ficará disponível para quem quiser assistir, no canal do Youtube do CRF-PR.
Para acessar Clique aqui.
Dados SESA-PR: Intoxicações por medicamentos
IDADE | CAUSA | MOTIVO |
0 a 09 anos | Intoxicações acidentais | Curiosidade Erro de administração Acesso facilitado |
a partir de 10 anos | Tentativa de suicídio | - |
65 + | Uso terapêutico | Erros Dificuldades |
Intoxicação Infantil por medicamentos (0 a 12 anos):
46% | Medicamentos |
20% | Produtos domiciliar |
Intoxicações Gerais:
58% | Medicamentos |