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Anvisa estabelece proposta de maço de cigarro genérico
Fonte: CFF
Data de publicação: 25 de julho de 2014
A embalagem do cigarro deve ter uma cor única e não pode ter elemento gráfico ou decorativo, textura ou relevo. Além de ser despido de itens com potencial de apelo junto ao público, o maço deve ser coberto por imagens e frases de advertência na maior parte da superfície. Essa é a proposta elaborada pela área técnica da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na forma de um anteprojeto de lei, a que a reportagem teve acesso.
Autor da iniciativa, Dirceu Barbano, diretor-presidente da agência, diz que pretende levar a proposta para análise dos demais diretores da Anvisa até outubro. Ele defende que o texto seja entregue oficialmente ao Congresso para que um ou mais parlamentares apresentem a proposta como projeto de lei. Resta avaliar, diz ele, o momento político adequado para enviar o texto ao Congresso, levando em consideração a renovação da Câmara e do Senado com as eleições.
A proposta das embalagens padronizadas é baseada na experiência pioneira da Austrália, que implantou os maços genéricos no final de 2012. Elogiada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), a política é vista como último passo para banir a propaganda de cigarros, eliminando até a cor dos maços.
"Depois de proibir o fumo em espaço fechado, acabar com a propaganda no ponto de venda e colocar mais avisos de risco à saúde nos maços, o próximo passo é a embalagem padronizada. Na Austrália, as pessoas dizem que o cigarro ficou pior após a padronização", diz.
A minuta de anteprojeto de lei, com sete artigos, remete o detalhamento mais fino, como cor do maço e informações permitidas na embalagem, à regulamentação da Anvisa.
Paula Johns, diretora-executiva da ACT (Aliança de Controle do Tabagismo), diz que é positivo deixar o detalhamento para a área técnica, para evitar mudanças radicais no Congresso.
"A embalagem padrão é uma forma de lidar com a brecha aberta na propaganda no ponto de venda", diz, referindo-se à legislação em vigor que proíbe cartazes nos pontos de venda, mas libera a exposição do maço nos locais.
ADITIVOS
Autor da iniciativa, Dirceu Barbano, diretor-presidente da agência, diz que pretende levar a proposta para análise dos demais diretores da Anvisa até outubro. Ele defende que o texto seja entregue oficialmente ao Congresso para que um ou mais parlamentares apresentem a proposta como projeto de lei. Resta avaliar, diz ele, o momento político adequado para enviar o texto ao Congresso, levando em consideração a renovação da Câmara e do Senado com as eleições.
A proposta das embalagens padronizadas é baseada na experiência pioneira da Austrália, que implantou os maços genéricos no final de 2012. Elogiada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), a política é vista como último passo para banir a propaganda de cigarros, eliminando até a cor dos maços.
"Depois de proibir o fumo em espaço fechado, acabar com a propaganda no ponto de venda e colocar mais avisos de risco à saúde nos maços, o próximo passo é a embalagem padronizada. Na Austrália, as pessoas dizem que o cigarro ficou pior após a padronização", diz.
A minuta de anteprojeto de lei, com sete artigos, remete o detalhamento mais fino, como cor do maço e informações permitidas na embalagem, à regulamentação da Anvisa.
Paula Johns, diretora-executiva da ACT (Aliança de Controle do Tabagismo), diz que é positivo deixar o detalhamento para a área técnica, para evitar mudanças radicais no Congresso.
"A embalagem padrão é uma forma de lidar com a brecha aberta na propaganda no ponto de venda", diz, referindo-se à legislação em vigor que proíbe cartazes nos pontos de venda, mas libera a exposição do maço nos locais.
ADITIVOS
Barbano afirma que a Anvisa mantém a defesa de outra política antitabagista polêmica: o veto aos aditivos de sabor dos cigarros medida suspensa pela Justiça, a pedido da indústria do fumo.
A agência deve receber, em breve, o relatório de um painel de especialistas independentes que avalia a função de 180 aditivos considerados essenciais pela indústria à fabricação e liberados temporariamente em 2013.
Para a Abifumo (Associação Brasileira da Indústria do Fumo), a imposição de embalagens genéricas viola a Constituição e tratados internacionais de comércio exterior e de propriedade intelectual.
"A experiência da Austrália não serve de exemplo para o Brasil, uma vez que, passado um ano e meio de sua implementação, o único efeito verificado foi o aumento do contrabando de cigarros, de 11,8% para 13,8% do mercado total", disse a entidade.
Fonte: Folha de S.Paulo
Autor: Johanna Nublat
A agência deve receber, em breve, o relatório de um painel de especialistas independentes que avalia a função de 180 aditivos considerados essenciais pela indústria à fabricação e liberados temporariamente em 2013.
Para a Abifumo (Associação Brasileira da Indústria do Fumo), a imposição de embalagens genéricas viola a Constituição e tratados internacionais de comércio exterior e de propriedade intelectual.
"A experiência da Austrália não serve de exemplo para o Brasil, uma vez que, passado um ano e meio de sua implementação, o único efeito verificado foi o aumento do contrabando de cigarros, de 11,8% para 13,8% do mercado total", disse a entidade.
Fonte: Folha de S.Paulo
Autor: Johanna Nublat