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População é orientada para evitar doenças após enchentes
Data de publicação: 13 de junho de 2014
A Secretaria Estadual da Saúde está distribuindo 100 mil materiais educativos sobre prevenção de doenças após enchentes que estão sendo enviados às mais de 80 cidades paranaenses afetadas pelas chuvas. O material, que também está disponível clicando aqui, dá orientações importantes sobre cuidados que as pessoas devem ter para proteger a saúde neste momento crítico.
Além disso, o Estado enviou vacinas, medicamentos e outros suprimentos para ampliar a retaguarda de atendimento nos municípios mais atingidos. A preocupação é maior para a ocorrência de casos de leptospirose, tétano acidental, hepatites A e E, diarreia e outros problemas relacionados à falta de higiene, contato com água contaminada e acidentes com animais peçonhentos.
Somente para a região de Irati, uma das mais afetadas pelas chuvas, foram encaminhadas 900 doses da vacina antirrábica; mil doses contra hepatite B; duas mil da vacina dupla (tétano+difteria); duas mil doses contra a gripe; 4,3 mil comprimidos do tratamento contra a gripe; 500 frascos de soro fisiológico e três mil frascos de hipoclorito de sódio (tratamento da água).
O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, afirma que neste momento é essencial que as pessoas se abriguem em locais seguros e não arrisquem suas vidas para preservar bem materiais. “A água da enchente é extremamente perigosa, pois aumenta o risco de afogamento e também pode transmitir doenças”, destacou.
DOENÇAS – A leptospirose é transmitida pela urina dos ratos, que geralmente se espalha pela água suja, esgoto ou lama. A bactéria da doença entra no corpo através da boca, olhos e pele, com ou sem ferimento. A recomendação é que as pessoas utilizem luvas, botas ou sacos plásticos nas mãos e pés quando o contato com a água da enchente for inevitável.
Os principais sintomas da leptospirose são: febre alta, dor de cabeça, dor muscular (principalmente nas pernas), olhos vermelhos, icterícia ou olhos amarelos, vômito e diarreia. Em caso de suspeita da doença, a pessoa deve ser encaminhada imediatamente a uma unidade de saúde.
Já o tétano acidental ocorre após o ferimento com objetos de metal, madeira, vidro ou solo infectado pela bactéria. A melhor forma de prevenção é a vacinação, disponível gratuitamente na rede pública de saúde.
Outras doenças, como a gastroenterite (diarreia) e as hepatites A e E estão ligadas ao consumo de água e alimentos contaminados. “Não se deve utilizar alimentos que tenham entrado em contato com a água da enchente. Além disso, a orientação é evitar o consumo de água de poços superficiais, rios e outras fontes não tratadas”, explicou o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.
As embalagens plásticas e de papel não impedem a contaminação dos alimentos e por isso é preciso descartar preventivamente esses produtos. Também é indicado o descarte de enlatados que estiverem amassados, enferrujados, semi-abertos ou com tampas estufadas.
LIMPEZA – Após o período da enchente, outras recomendações são importantes para se evitar novos acidentes. É comum que se encontre animais, como aranhas, cobras, escorpiões e ratos nos cômodos da casa. “As pessoas tem que ter cuidado redobrado nessas situações e contatar a secretaria municipal de saúde para saber como se comportar”, destacou a técnica da divisão de zoonoses e intoxicações da Secretaria da Saúde, Giselia Rúbio.
Na hora da limpeza das casas, pode-se utilizar uma solução desinfetante de preparação caseira. Basta misturar água da rede pública a água sanitária, ou hipoclorito de sódio. A proporção é de 250 ml de água sanitária para 25 litros de água.
DOAÇÕES – O Governo do Estado está arrecadando donativos para auxiliar as famílias que estão em situação de risco por conta das chuvas. Entre as necessidades estão: água potável, cestas básicas, colchões, cobertores, roupa de cama, fraldas, roupas, materiais de higiene e de limpeza.
As doações podem ser entregues em todos os órgãos do Governo do Estado, prefeituras, delegacias de polícia, unidades da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e nas 22 regionais de saúde. Em Curitiba, as doações também podem ser levadas nas sedes do Provopar, que ficam na Rua Hermes Fontes, 315, no bairro Batel, e na Rua Sergipe, 1.712, no bairro Vila Guaíra, e na Secretaria de Estado da Saúde, na rua Piquiri, 170, no Rebouças.
MAIS RECURSOS – Nesta segunda-feira (9), o governador Beto Richa determinou a liberação imediata de R$ 5,2 milhões para auxiliar 86 municípios nas ações pós-enchente. Os recursos são uma antecipação do repasse de custeio do programa VigiaSUS, de apoio às ações de vigilância em saúde dos 399 municípios paranaenses, o que inclui o enfrentamento às enchentes.
AS prefeituras poderão utilizar o dinheiro para pagar horas extras de servidores destacados para atender às pessoas desabrigadas, comprar de suprimentos e adquirir equipamentos para proteção individual dos profissionais. Somente para Curitiba, o repasse chega a R$ 800 mil.
O secretário Caputo Neto afirmou ainda que o Estado dará apoio às prefeituras para reestruturar as unidades de saúde atingidas pelas chuvas. “Vamos fazer um levantamento da situação de cada município e destinar equipamentos para repor os aparelhos que foram perdidos por causa das enchentes”, ressaltou.
Fonte: SESA-PR
Fonte: SESA-PR