Abuso de medicamentos supera o de drogas ilícitas
Data de publicação: 10 de março de 2014
O relatório destacou que o uso abusivo de medicamentos se intensificou em todas as regiões, superando a taxa de consumo de drogas ilícitas, no entanto a Jife não informou quais são esses países. A Junta observa que o aumento da prevalência de abuso de medicamentos tem sido impulsionado, em grande medida, pela ampla disponibilidade desses medicamentos, bem como pelas percepções errôneas de que medicamentos são menos suscetíveis ao abuso do que drogas ilícitas. O problema é ainda agravado pelo uso destes medicamentos sem prescrição para automedicação.
O ambiente familiar é a principal fonte de medicamentos que não são mais necessários ou utilizados para fins médicos, posteriormente desviados para o abuso. Pesquisas sobre prevalência de abuso realizadas em vários países revelaram que uma percentagem significativa das pessoas que abusam de medicamentos recebeu pela primeira vez de um amigo ou membro da família que o havia adquirido legalmente.
A Jife ressalta que o abuso de medicamentos é uma ameaça grave e crescente para a saúde pública na América do Norte, que é a região com a maior taxa de mortalidade relacionada a drogas no mundo e que as mulheres consomem mais que os homens.
A Jife reitera que qualquer estratégia global destinada a combater o problema do abuso de medicamentos também deve abordar as causas do excesso da oferta de medicamentos prescritos, incluindo a distribuição de receitas de forma exagerada pelos médicos, a prática de ir a vários médicos para conseguir diversas prescrições e o controle inadequado sobre a emissão e preenchimento de prescrições.
Venda pela internet
No capítulo referente ao abuso de drogas lícitas, a junta chama atenção para a venda ilegal de medicamentos pela internet, algo que cresce conforme aumenta o acesso da população à rede.
Segundo a Jife, vários países da Europa e da América do Norte realizam campanhas regulares, muitas vezes na própria web, para informar o público sobre os perigos potenciais de encomendar produtos farmacêuticos pela internet. Alguns desses sites inclusive têm ferramentas para ajudar o consumidor a verificar se a empresa em questão existe e é idônea. Alguns também têm espaço para denúncias.
Dados brasileiros
Em todo o relatório há apenas menção ao Brasil, mas sem dados estatísticos, já que o país faz parte das nações que não enviaram o relatório anual com estatísticas sobre substâncias psicotrópicas antes do prazo de 30 de junho 2012. Entre os países que não enviaram os dados estão justamente os que mais produzem, importam e exportam essas substâncias, como Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Japão, Holanda, Paquistão e Estados Unidos.
Segundo a Jife, a apresentação tardia ou a não apresentação de relatórios estatísticos torna difícil para a Junta monitorar as atividades lícitas que envolvem substâncias controladas e atrasa a análise sobre a disponibilidade mundial de tais substâncias para propósitos legítimos.
Clique aqui e confira as referências ao Brasil no Relatório Jife 2013
Clique aqui e acesse o Relatório Jife 2013 na íntegra (espanhol) e (inglês).
Fonte: CRF-SP