Notícias
Profissionais e entidades ligadas à área de análises clínicas de todo o País se encontrarão, em Brasília, no dia 5 de agosto, para uma grande manifestação organizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) em favor da atualização da tabela de preços de exames pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O primeiro encontro está marcado para 10 horas, no Auditório Sebastião Ferreira Marinho, do CFF, no Setor Bancário Sul, Edifício Seguradoras, 8º andar, para a distribuição de faixas, camisetas, placas e cartazes. Depois, às 15 horas, os manifestantes seguem para a Esplanada dos Ministérios, e devem se concentrar em frente ao Congresso Nacional.
A mobilização é organizada pelo Grupo de Trabalho sobre Análises Clínicas do CFF. “Os preços praticados são incompatíveis com a qualidade da assistência merecida pelo usuário. O valor pago por um exame de glicose, por exemplo, é de R$1,85, que sequer cobre as despesas com a realização do procedimento”, lembra o coordenador do Grupo de Trabalho sobre Análises Clínicas (CFF) e Conselheiro Federal pela Bahia, Mário Martinelli Júnior.
“A proposta é envolver todas as instâncias que possam fazer gestão junto ao Ministério da Saúde pela rediscussão dos valores pagos aos laboratórios, o que vai garantir a sustentabilidade econômica-financeira e a qualidade desses serviços essenciais aos usuários do SUS”, reforça a também integrante do Grupo, Lenira da Silva Costa, Conselheira Federal pelo Rio Grande do Norte.
A revisão da tabela SUS para procedimentos de análises clínicas é considerada pelo setor uma necessidade urgente. “A grande maioria dos procedimentos não tem a sua remuneração atualizada há 19 anos, e o adequado financiamento do Sistema é uma condição fundamental para os serviços oferecidos pelos laboratórios sejam de qualidade”, destaca, Walter Jorge João, Presidente do CFF.
SAÚDE + 10 - A manifestação ocorrerá simultaneamente ao ato organizado pelo movimento Saúde + 10 que, na mesma data, apresentará à Câmara dos Deputados o anteprojeto de lei de iniciativa popular que propõe o repasse efetivo de 10% das receitas correntes brutas da União para a saúde pública. A expectativa dos organizadores do movimento é que o documento seja endossado por cerca de 2 milhões de assinaturas, 500 mil a mais do que seria necessário para sua apreciação no Congresso com o objetivo de alterar a legislação vigente e garantir a destinação de 10% dos recursos da União para a Saúde. Os 10% reivindicados significam cerca de R$ 43 bilhões a mais no orçamento anual da saúde.
Fonte: Comunicação CFF