Seminário apresenta estratégia adotada pelo Paraná no enfrentamento da gripe
Data de publicação: 18 de setembro de 2012
Curitiba sediou nos dias 14 e 15 de setembro o I Seminário Paranaense sobre Síndromes Respiratórias Agudas. Promovido pela Secretaria de Estado da Saúde, o evento é um espaço aberto para a discussão das estratégias desenvolvidas pelo governo do Paraná no enfrentamento da gripe e outras doenças respiratórias.
Durante a abertura do seminário foram divulgados os novos números da gripe H1N1. De janeiro a setembro deste ano, 1.111 casos da doença foram confirmados laboratorialmente no Estado, sendo que 40 pessoas morreram. A maioria das mortes estava relacionada à busca tardia pelo tratamento ou a alguma outra doença crônica pré-existente, como o câncer, por exemplo.
Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, os números deste ano são maiores do que em relação a 2011 - quando houveram apenas dois casos e nenhuma morte – mas estão bem longe do registrado na pandemia de 2009. “O vírus Influenza H1N1 já circula em todo Paraná desde 2009, contudo seu comportamento é diferente a cada ano. Em 2012 o vírus voltou a circular com mais frequência, porém neste ano estávamos preparados e pudemos evitar que o número de casos e mortes fosse maior”, ressaltou Paz. A pandemia de 2009 deixou mais de 80 mil doentes pela H1N1 no Paraná e foi responsável por 339 mortes.
Vacina e Tratamento - A preparação destacada pelo superintendente diz respeito às ferramentas de prevenção e tratamento que estavam disponíveis neste ano: a vacina e o medicamento. A campanha de vacinação do Paraná atingiu sua meta e imunizou quase duas milhões de pessoas dos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde.
O Paraná também foi o primeiro Estado a oferecer o Oseltamivir, antiviral indicado para o tratamento da gripe, a todos que apresentavam sintomas da doença. Essa estratégia foi apoiada pela Sociedade Paranaense de Infectologia (SPI) desde o início. “O medicamento é bastante eficaz principalmente nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas. Por isso não há tempo a perder”, disse o membro da SPI, Clóvis Arns.
Fonte: Sesa