Pesquisadores apresentam novos tratamentos para o combate aos cânceres de pele e mama
Data de publicação: 11 de junho de 2012
Estudos apresentados em congresso anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), esta semana, nos Estados Unidos apresentaram resultados promissores para o tratamento contra o câncer de pele em comparação com a quimioterapia habitual. No mesmo evento, também foi apresentado um novo medicamento para o câncer de mama com metástase.
Esta mutação genética produz outra proteína que também fomenta a progressão do melanoma.
"O trametinib é o primeiro tratamento de uma nova classe de medicamentos que pode beneficiar os pacientes que sofrem de melanoma com uma mutação do gene BRAF", explicou a médica Carolina Robert, que dirige o serviço de Dermatologia do Instituto Gustave Roussy de Paris, principal autora do estudo.
"Os resultados deste estudo clínico demonstram que atacar (a proteína) MEK é uma estratégia viável para tratar muitas pessoas com melanomas", assegurou.
O estudo abordou 322 pacientes, 214 dos quais tomaram o trametinib. Os demais se submeteram à quimioterapia habitual.
Contra o câncer de mama
Já o tratamento para o câncer de mama com metástase utilizou um medicamento chamado T-DM1 (trastuzumabe-entansina) que resultou em maior tempo de sobrevida sem piora da doença do que um tratamento padrão contra o tumor.
O medicamento foi testado em mulheres com câncer positivo para HER-2, uma proteína ligada à multiplicação celular, e comparado com dois quimioterápicos. A pesquisa envolveu 978 mulheres. O tempo médio de controle sem avanço do câncer foi de 9,6 meses no grupo que usou o T-DM1, contra 6,4 meses do outro grupo.
O tratamento foi desenvolvido a partir da união do anticorpo trastuzumabe com um agente quimioterápico (DM1) e tem como objetivo inibir os sinais que levam ao crescimento do câncer. O medicamentoo também faz com que a químio aja diretamente nas células cancerosas positivas para HER-2, o que causa menos efeitos colaterais.
Apesar de o tratamento parecer ser bem tolerado durante o estudo, o pesquisador afirma que é preciso aprender mais sobre seus efeitos.